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Aurora Escritora

Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing

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8 months ago
I Get The Urge To Draw Him Every Once In A While

I get the urge to draw him every once in a while

8 months ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXV

Oii, como vai? Eu ia passar por aqui na semana passada, mas como estava sem energia, acabei deixando para hoje. Na verdade, faz mais de duas semanas que não escrevo uma palavra, porém, percebi que tinha mais de um capítulo pronto. Então, vou postando até eles acabarem.

Boa leitura!

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX / CAPÍTULO XX / CAPÍTULO XXI / CAPÍTULO XXII / CAPÍTULO XXIII / CAPÍTULO XXIV

— Você tem estado muito suscetível a... sugestões. Sou eu ou é algo geral?

— Só você. Acho que... eu confio em você.

— Me sinto honrado. — Percy disse sem nenhuma ironia, o tom de voz baixo e aveludado dando lugar a algo mais normal. — Eu tinha medo que isso acontecesse. Nunca vou abusar da confiança que você me dá.

— Eu sei disso. Nunca duvidei disso.

— É por isso que tenho que falar algo com você.

Essa não. Será que ele estava encrencado?

Nico observou Percy se levantar e pegar uma caixa que estava no pé da cama, um pouco maior que uma caixa de sapatos.

— O que é isso?

— É a surpresa que eu queria te mostrar.

Nico tinha até medo de olhar. O que poderia ser tão importante que Percy sentiu a necessidade de esconder do resto da família? Hesitando, Nico se manteve quieto, encostado contra a cabeceira da cama e esperou Percy se aproximar mais uma vez, se sentando a seu lado.

— Estive pensando sobre o que você me disse, que eu não levo a sério o que você diz.

— Eu sei que você--

— Eu não terminei. — Percy nem mesmo faltou mais alto, porém seu tom de voz demandava obediência. E Nico já estava cansado de lutar contra seus instintos, então, Nico apenas se calou e prestou atenção em Percy.

O problema nisso era que Percy parecia culpado por alguma coisa, seu rosto se contorcendo numa careta. Nico continuou esperando, vendo Percy quase se remexendo de ansiedade. É claro, até Percy suspirar e olhar mais uma vez para ele, parecendo tão conformado quanto Nico.

— Eu não queria falar assim com você. — Percy enfim disse, tentando soar despreocupado.

— Eu não me importo. Se você me disser para fazer, eu vou. É algo natural pra mim, sabe?

— Nico. — Percy suspirou mais uma vez, parecendo cansado.

— Você poderia... apenas... fazer o que parece natural para você também? — Quando Percy levantou as sobrancelhas, parecendo descrente, Nico completou: — É só uma sugestão.

— Vou pensar sobre isso.

— Quer dizer, você sempre teve essa aura de...

— Autoritário?

— É mais, tipo, você espera ser obedecido. E está tudo bem?

— Isso é uma pergunta ou afirmação?

— Depende de você. — Nico acabou dando de ombros, tentando fingir a calmaria que ele não sentia no momento.

— Você quer me dizer que eu posso ser autoritário o quando eu quiser que você vai me obedecer? Sem questionar?

— Hm... provavelmente? — A resposta certa era “com toda a certeza”, mas isso seria humilhação demais para uma pessoa só.

— Mesmo? Até quando você não concorda?

— Eu acho que sim. — Nico deu de ombros novamente e desviou a olhar para longe de Percy. Na maioria das vezes era o que acontecia de qualquer jeito; ele não queria e no fim, Percy estava certo. Se ele tivesse escutado Percy no passado, poderia ter evitado muitas coisas.

— Bebê. — Então, ele ouviu o tom de voz de Percy mudar, se tornando mais suave e aveludada.

Não era que ele tivesse uma vontade incontrolável de obedecer, era o conhecimento que ele seria muito bem recompensado se decidisse ser um bom garoto. E ele foi, imediatamente ao escutar aquela palavra. Percy o segurou pelo pescoço, o fazendo levantar a cabeça e o beijou, juntando suas línguas em um suspiro.

— Eu não quero que você se sinta preso ou que não tem alternativa. — Percy disse algum tempo depois, roçando os lábios junto aos seus.

— Eu não me sinto assim. Me sinto livre sabendo que você vai cuidar de mim.

— Você tem certeza?

— Eu confio em você.

— Tudo bem, então.

Percy se afastou de Nico o suficiente para olhar em seu rosto e sorriu, parecendo dessa vez estar contente, porém ainda o segurando pelo pescoço, possessivo e firme, ainda que sua voz permanecesse suave.

— É por isso que preciso te mostrar o que tem dentro dessa caixa.

Percy, o soltou e pegou a caixa mais uma vez, a colocando entre eles, no próprio colo. Percy a abriu, tirou o laço e a tampa, permitindo que Nico examinasse o conteúdo dentro dela.

— O... que é isso? — Sua voz saiu fraca e suas mãos tremeram, apoiadas no próprio colo.

Nico sabia perfeitamente o que aqueles objetos eram. Sabia exatamente o que eles significam, o problema é que seu cérebro se recusava a acreditar no que via. Por que logo agora? Depois de tanto tempo? Por isso permaneceu parado feito uma estátua, mal conseguindo respirar.

— Eu não te tratei como devia. Ignorei o que estava claro. — Percy disse, voltando a segurar em seu pescoço, o forçando a encará-lo. — Entendo por que você hesitou por tanto tempo, por que as vezes ainda hesita.

— Eu--

— Eu hesito pelo mesmo motivo. — Percy pareceu respirar fundo e tirou uma gargantilha de couro com pedras preciosas a enfeitando. — Quero que você saiba, estou comprometido e nunca mais vou fugir das minhas responsabilidades.

Nico achava que iria desmaiar. Percy estava o pedindo em casamento? Mais uma vez? Agora da forma que ele nunca esperava que fosse acontecer? Nico nem mesmo sabia o que dizer! Era obvio, não? Esperou esse por esse momento desde que colocou os olhos no garoto alto que parecia ter saído de um pornô clichê onde o cara mal iria fazer a mocinha se arrepender de andar sozinha pelas ruas desertas. Nada o preparou quando o momento enfim chegou, Percy segurou a gargantilha delicada entre os dedos, a levou a seu pescoço e a prendeu cuidadosamente, tento certeza que não estaria apertado demais.

Ele... Nico não sabia... seria impressão sua ou... ah, não, Nico não estava enganado. Assim que a gargantilha se acomodou junto a sua pele, Percy envolveu o couro, colocando a mão ao redor de seu pescoço e tocou ao redor da gargantilha, massageando sua pele e admirando a joia. Entretanto, foi o olhar no rosto de Percy que roubou seu ar; Percy o olhava como se ele fosse... como se ele fosse--

— Meu. — Percy disse. — Agora você é meu.

Por que era tão difícil respirar? Por que estava tremendo tanto?

— Eu...

— Eu sei. — Percy disse no tom mais condescendente que Nico já tinha ouvido, quase maldoso, quase zombador, mas ainda... suave, como se Percy falasse com alguém que fosse lento mentalmente. — Sem pressa. Eu mesmo nunca imaginei que iria fazer algo assim.

— Tão malvado. — Nico conseguiu balbuciar, Percy obviamente estava dando tempo para ele absorver os fatos, ainda o segurando pelo pescoço, como se Nico fosse sua possessão e não um ser humano.

— Você não viu nada. Mas acho que ainda não estamos prontos para isso.

— Hmm... — Nico gemeu apenas em imaginar no que poderia acontecer. Será que ele já podia desmaiar? Seria muita humilhação?

Ele ouviu uma risadinha zombadora e então mãos estavam ao redor dele, massageando sua coluna e cabelos do jeito que ele mais gostava. No fim, Percy estava certo mais uma vez. Ele não estava pronto para nada disso. Se só uma coleira ao redor de seu pescoço o fez reagir assim, o que aconteceria quando... quando as coisas realmente acontecessem?

***

— Shhh... tudo bem. Eu não vou ser mal com você, hm?

— Mentiroso. — Sua voz falhou e Percy riu novamente, bem no pé de seu ouvido.

— Talvez um pouquinho. Eu sei que você gosta.

— Para com isso!

Percy estava certo, como sempre. Por algum motivo, Nico se viu rindo, batendo no braço de Percy que apenas riu mais, se divertindo com sua dor.

— Tá bom. Parei. Agora, vamos ao que é importante.

— Como o quê?

— Tem alguma coisa que eu devo saber? Limites fortes ou fracos? Algo que você não gosta de jeito nenhum?

— Oh. — Era uma boa pergunta.

Nico não tinha feito tantas coisas assim. Deixou alguns caras baterem em suas nádegas e algum bondage, mas tirando isso? Nada que fosse interessante. Quer dizer, teve aquela vez em que ele deixou que dois garotos usassem sua boca...

— Nico?

— Eu não sei. Nunca fiz nada muito diferente.

— Que seria?

Agora Percy olhava pare ele parecendo que iria arrancar a verdade de Nico, ele querendo ou não.

— Hm... você sabe...

— Não. Eu não sei.

— Teve uma vez que uns garotos... que eu chupei uns garotos e... um cara usou o cinto em mim...

— E?

— Fui amarado também.

— Isso é tudo?

— Eu prometo.

Na época tinha sido bem aventuresco, entretanto, se ele analisasse a noite passada, ninguém o tinha feito gozar daquela forma e o fazer flutuar por tanto tempo. Talvez fosse algo mais psicológico do que físico.

— Bebê. — E de novo, aquele tom de voz condescendente que o deixava puto da vida e fazia seu estomago se encher de borboletas voltava. — O que aqueles garotos no banheiro iam fazer com você é muito mais interessante do que isso. Tem certeza?

— Quem você pensa que eu sou? Uma puta para deixar qualquer um me usar?

Não! O que ele tinha acabado de falar? Nico até tinha medo de encarar Percy, mas ele fez mesmo assim. Devagar, virou a cabeça em direção a Percy e viu um brilho estranho em seus olhos, um sorriso de canto um tanto cruel.

— Esse é o jeito de falar com seu dono?

Nico não entendeu o que acontecia até escutar o som estalado e agudo, então, veio a ardência que o fez gemer, um lado de sua bunda queimando com o impacto.

— Me-- me desculpa. — Nico murmurou, baixinho, parecendo perder as forças, ainda sentado no colo de Percy.

— Eu entendo. Mas um bom garoto não fala assim com as pessoas, hm?

Nico acenou e Percy beijou seu rosto, massageando a pele levemente avermelhada.

— Agora, sobre o que estávamos falando?

— Limites?

— Sim. Tem algum que eu deva saber?

— Nada nojento? Ou... líquido.

— Eu nunca faria isso. Você é o meu bebê e eu só quero o que for o melhor.

— E você?

— Hm. Acho que bondage, nada que impeça eu de me mover. E garotos desobedientes e malcriados.

— E sobre... garotos arteiros? — Nico tinha que ter certeza.

— Com tanto que você saiba das consequências.

— Oh.

Será que ele iria querer desapontar Percy a esse ponto? E que tal só um pouquinho?

— Eu sei o que você está pensando. Pode parar agora. Você só tem que pedir, não importa o que seja.

— Eu sei. É mais divertido assim.

— É melhor você não me testar, sim?

— Tão malvado. — Nico sabia que ele tão pouco era alguém fácil de se lidar. Ele podia ser mimado e distante, perdido no próprio mundo, e também podia ser imprevisível, fugindo de qualquer coisa que ele não gostasse sem deixar qualquer rastro. — Eu vou me comportar.

— Bom garoto.

— E as outras coisas dentro da caixa?

— É um assunto para outra hora. Agora, nós vamos deitar e ter uma longa soneca. As provas estão chegando e precisamos estar descansados, hm?

Percy beijou seu rosto e o colocou contra os travesseiros, se deitando a seu lado em seguida. Percy estava certo, com tudo o que aconteceu Nico não tinha estudado tudo o que precisava, então, infelizmente algumas horas seriam gastas em frente a uma pilha de livros.

***

“Pense por mim. Me impeça de me preocupar com qualquer coisa que não seja ser seu. Escolha minhas roupas, cuide de mim o dia inteiro. Me faça sorrir por pertencer a você.   Me faça gemer quando você me beijar  e me lembrar que sou sua apenas seu. Me faça arfar quando você me agarrar e decidir me usar como você bem entender. Me faça tremer  sempre que você quiser me mostrar o que realmente significa ser amado por você.”

Nico bocejou e se encostou contra as almofadas, fechando seu diário, enquanto sentia o sol de fim de tarde atingir seu rosto. Assim, disfarçando sem dificuldade os pensamentos que havia acabado de colocar no papel. Quando Nico menos, percebeu faltava uma semana para o início das provas do meio do ano. Agora, eles estavam no jardim perto da piscina, mesas e almofadas para todos os lados, embora Percy e os amigos não estivessem tão interessado no cronograma de estudos que ele tinha criado. Percy, Tyson, Luke e Grover estavam na piscina enquanto ele, Silena e Clarisse, ocupavam uma mesa, com Chris plantado ao lado de Clarisse feito um bobo apaixonado mesmo depois de tantos anos.

Se ele pudesse também estaria se divertindo, Nico podia pensar em várias coisas que gostaria de estar fazendo. Um exemplo disso, era a surpresa que ele tinha aguardado para Percy que ainda não tinha tido a oportunidade certa para fazer. Não que ele ainda precisasse surpreender Percy, porém, não seria legal se ele se esforçasse o tanto que Percy se esforçava?

Nico tinha que ser sincero. Não esperava que Percy fosse levar a sério essa coisa de dominador e submisso. A prova disso era a gargantilha em volta de seu pescoço e, claro, o anel em seu dedo. Ele não podia deixar de tocar no pedaço de couro em sua pele, feito uma coleira, não o deixando esquecer dos últimos dias. Nada tinha realmente mudado, embora ele se sentisse diferente. Mais tranquilo de algum jeito. Seguro. Quer dizer, Percy agora não hesitava quando queria algo dele, o que era um ótimo desenvolvimento. A questão é que... as coisas eram quase como elas costumavam ser no passado, quando eles eram crianças e as coisas eram mais simples. Se ele ignorasse a ansiedade que costumava sentir e a falta de sexo, era como se tivessem evoluído o que eles já tinham. Nico gostava muito disso, lhe dava um conforto que gesto ou palavra alguma conseguiria.

— Nico, você está me ouvindo?

— Hm?

Era Clarisse, irritada com ele. Ela tinha os braços cruzados e revirava os olhos, impaciente.

— Se você vai fazer isso, é melhor você ir lá. Qual foi a última palavra que você leu?

Era uma boa pergunta.

— Desde quando você se tornou tão dependente dele? — Clarisse, insistiu, se levantando.

— Eu não sou dependente de ninguém. De onde você tirou isso?

— Você acha que engana alguém? Ele até te colocou numa coleira!

— Não sei do que você está falando. — Nico nem mesmo levantou a voz, e mesmo que fosse verdade, ele estava feliz de finalmente ser encoleirado.

— Nico! Para de brincar com essa gargantilha e presta atenção!

Clarisse antou até ele, segurou em sua mão e o fez levantar junto com ela. E então, o empurrou em direção a piscina.

— Vai lá. Não volte aqui até que você consiga se concentrar.

— Eu não s--

— O que está acontecendo aqui?

Bem que Nico tinha percebido o sol sumir. Era apenas Percy parado atras dele, fazendo sombra.

— Nico sente sua falta. Cuide disso.

Com isso, Clarisse se sentou nas almofadas mais uma vez e se encostou contra o peito de Cris que sorriu satisfeito, ambos voltando a seus livros.

Isso não era justo! Ele não tinha um peito firme para se encostar enquanto estudava.

Nico se virou em direção a Percy, prestar a dizer exatamente isso a ele, parando antes que pudesse continuar. Nico se lembrava do que aconteceu nas outras vezes que tinha levantado a voz para Percy, e se ele fizesse isso agora Percy também não se reprimiria.

Nico sorriu, engolindo a indignação e olhou para Percy, esquecendo por um momento a raiva. Percy ainda pingava da água da piscina, tinha os cabelos jogados para trás e vestia uma sunga tão justa que não escondia nada. Não que Percy estivesse tentando.

Ele abriu a boca, pensou melhor e disse:

— Você precisa usar algo tão pequeno?

Percy já estava sorrindo, vindo o resto do caminho em sua direção. Percy abriu os braços e imediatamente Nico foi envolvido por ele, sendo puxado contra o peito de Percy e se molhando no processo. Isso também era injusto, nenhum garoto de dezessete anos deveria ser tão alto ou ter aqueles músculos.

— O que foi? Cansou de estudar? — Percy o levantou do chão, o fazendo enrolar as pernas em volta dele. E tudo o que Nico escutou foi “está na hora de ir para o quarto?”

— Percy! Você devia estar estudando comigo!

Oh, não! Nico pensou, mal tendo tempo de segurar nos ombros de Percy, sentindo o impacto que mesmo sobre o tecido dos shorts, o fez gemer.

— Eu sei, bebê. — Então, Percy o segurou pelo queixo e o fez encará-lo, o beijando suavemente, o fazendo esquecer que eles tinham uma plateia. — Nós estudamos bastante essa semana. Nunca estive mais preparado, hm? Que tal a gente descansar um pouco? Só nós dois?

Parecia uma pergunta, mas não era uma. No meio de assobios e gritos, Percy o levou para dentro da casa, subindo as escadas como se Nico não pesasse nada, o encarando bem de perto enquanto ia.

— Qual o problema?

Essa era a questão. Pela primeira vez em muito tempo Nico não tinha nenhuma preocupação que não fosse passar em suas provas. Então, ele não podia dizer que era um problema. Era a solução, de fato. Nico estava estranhando a facilidade que ele tinha em deixar tudo nas mãos de Percy e se manter em seu pequeno e perfeito mundo onde nada parecia ser capaz de afetá-lo se Percy quisesse assim.

— Não é nada. — Ele enfim disse quando chegaram no quarto e Percy o colocou sentado na ponta da cama, se ajoelhando no chão entre suas pernas. — Está tudo bem?

— É claro, bebê. Nunca estive melhor.

Isso era verdade. A cada dia que passava Percy tinha mais energia e vigor, e devagar, tomava conta de todas as decisões que se referia a ambos. Eles fariam uma viagem? Percy decidia para onde. O que eles comeriam de manhã? Geralmente seu prato estaria pronto antes dele ter que pedir. Quer dizer, era sempre o que Nico gostava e do jeito que ele mais gostava, cada decisão parecendo ser algo que Nico escolheria por si mesmo se tivesse a chance. Às vezes, era até melhor. Sinceramente? Era um fardo que ele com muita alegria estava feliz de se livrar. Entretanto, Nico não queria que isso se tornasse um peso para Percy, algo que ele fazia por obrigação.

— Está tudo bem mesmo? Suas notas melhoraram?

Isso pareceu fazer Percy parar por um momento, o observando mais de perto. Percy não tentou sorrir, ele o segurou pela nuca e o abraçou apertado, fazendo algo em seu peito se aquietar.

— É sobre a nossa relação? Está sendo muito?

— Não, eu gosto. — Nico negou, o abraçando de volta tão forte quanto Percy havia o abraçado. — Eu me preocupo com você.

— Bem, não esquente essa sua cabecinha, mm? Está tudo sob controle.

— Tem certeza?

Percy beijou seu pescoço e disse:

— Contanto que você permita, vou cuidar de tudo.

— Você me trata tão bem. Ninguém fez tanto por mim quanto você faz.

— Acho bom. Espero que ninguém faça ou teremos um problema.

Nico queria rir. Ele também esperava que ninguém fizesse, porque se esse fosse o caso, significaria que eles não estariam mais juntos. Ao invés de responder, Nico preferiu deixar que Percy decidisse os próximos passos; se seria sexo, um longo banho ou uma soneca no meio do dia, não importava para Nico. Se eles estivessem juntos, era o suficiente para ele.

***

No fim, eles tinham decidido por um banho na jacuzzi, um longo e relaxante banho onde Percy tinha massageado suas costas e feito a tensão que ele nem sabia que tinha, desaparecer como num passo de mágica. Percy estava sendo tão bom para ele que Nico finalmente havia achado a oportunidade perfeita para colocar seu plano em ação.

Ele deixou que Percy o secasse dos pés à cabeça, como em qualquer dia, o carregasse até a cama e o beijasse antes de Percy se levantar e ir colocar as toalhas no cesto de roupas sujas. Nico aproveitou esse momento para pegar o pacote dentro do fundo de uma gaveta e entrou no closet, uma porta que ficava perto do guarda-roupa e que eles raramente usavam. Felizmente, ele finalmente teria um uso.

Rasgando a embalagem, Nico tirou as duas peças e as segurou entre os dedos, percebendo que talvez tenha comprado em um tamanho menor do que tinha planejado. O tecido era de uma seda deliciada e de cor rosa clarinha, parecendo ser tirada de um tule, porém, bonita e feminina. Ele achava que Percy iria gostar, seria um contraste interessante contra sua pele. Bem, Nico não saberia até experimentar.

Então, pegando a tanga, colocou os pés nos espaços certos, e vestiu a parte de cima, sentindo a seda deslizar por sua pele.

Agora Nico sabia por que as mulheres gostam tanto desse tipo de lingerie, o tecido era tão macio e fino... era como se ele nem estivesse usando nada, mas, mesmo assim, estivesse sendo acariciado.

— Nico? Onde você está? — Ele escutou Percy o chamando.

Era agora ou nunca, certo?

Nico nem mesmo pegou um roupão antes de abrir a porta do closet. Ele apenas arrumou a tanga e caminhou para dentro do quarto, parando perto do batente da porta. Ele se sentiu um pouco ridículo com aquela roupa cheia de fru-fru? Sim. Porém, tudo valeu a pena no exato momento em que encontrou Percy no meio do cômodo, vendo a expressão no rosto de Percy ir de confuso para chocado e então, o puro prazer.

Ele andou o resto do caminho e parou em frente a Percy, decidido a ser o melhor dos submissos. Ele abaixou levemente a cabeça, mostrando respeito e colocou as mãos trás das costas, permitindo que Percy visse sua frente.

— Tão bonito. Tudo isso é pra mim? — Percy disse mais sério do que Nico esperava. Sua voz soando mais firme e grave, ainda sem tocar nele.

— Eu queria fazer uma surpresa. Você gostou?

Nico esperou pacientemente, segurando o folego. Isso era porque Percy não gostava de ser surpreendido. Eles nunca tinham conversado sobre essas coisas, mas no fundo Nico sabia que isso era verdade. Se Percy fosse surpreendido, quer dizer que ele não tinha o controle do que acontecia. Mas ainda assim, Nico queria ver a reação de Percy, talvez assim Percy não fosse tão cuidadoso com ele.

Não o entendam mal, ele amava cada dia que passava ao lado de Percy, mas a... excitação da novidade não acontecia com tanta frequência como ele gostaria. Talvez isso fosse o que eles precisavam.

— Meu bebê está tentando me provocar, é isso?

— Está dando certo?

Nico espiou entre os cílios e viu um brilho estranhos nos olhos de Percy.

Nesses momentos as feições de Percy se transformavam completamente. De calmo ele se tornava sério e... e algo a mais que era difícil definir. Às vezes, era brincalhão, e outras, maldoso, como se Percy se divertisse com sua angústia. Percy nunca perdia a calma, entretanto, era como se algo além disso viesse a superfície, algo que Percy escondia e que apenas se manifestava se provocado.

— Você quer descobrir?

Bem, Nico teria respondido se pudesse, se tivesse sido uma pergunta. Era mais um aviso, um comunicado do que estava prestes a acontecer.

Ainda segurando o folego, Nico continuou a observar Percy, como ele parecia estar se preparando para fazer algo... tinha sido um erro? Será que ele devia ter avisado e-- Percy então se moveu. Apenas um passo para a frente e suas mãos quentes estavam sobre Nico, no pescoço, puxando sua cabeça para trás e em sua cintura, o mantendo no lugar. O que tinha sido uma boa ideia. Sem nenhuma roupa para cobri-lo, as sensações pareciam mais intensas, o fazendo estremecer dos pés à cabeça.

— Nós não conversamos sobre isso. Você sabe o que uma palavra de segurança é?

— Oh. — Ele sabia! Finalmente!

Nico sabia e tinha esperado por esse momento. O problema era que ele se encontrava com dificuldade para falar. Então, acenou, se sentindo preso pelos olhos de Percy que o fitavam, intensos.

— Use suas palavras, bebê. — Nico sabia que o apelido devia suavizar o momento, mas ele só se sentia mais tenso, se preparando para o que estava prestes a acontecer.

— Eu-- eu tenho. Torta?

— Você tem certeza? — E agora tinha um certo tom de humor na voz de Percy, suas covinhas aparecendo.

— Na verdade, não. Sei como funciona, mas nunca usei uma antes.

— Nunca? — Percy franziu a testa, parecendo nada contente. — Isso é muito irresponsável.

— Eu sei, mas…

— Me diga.

— Eu não consigo falar muito, sabe? Durante.

Isso pareceu acender uma luz no rosto de Percy.

— Vamos manter isso em mente. Agora, deixa eu ver... quem comprou isso pra você? — Mas Percy estava sorrindo, deslizando as mãos por seu corpo. Ombros, costas, cintura, andando em volta dele e tocando em todos os lugares até chegar em sua bunda, acariciando suas nádegas e escorregando um dos dedos pelo fio da tanga em direção a sua entrada.

— Ah!

— Não era isso o que você queria? Eu devia usar o meu presente? Hmm?

E de novo, parecia uma pergunta, mas não era uma. Nico permaneceu como estava, com as mãos atrás das costas, e apenas se moveu quando Percy o segurou pelo braço, o guiando para a cama.

— Onde foi que você aprendeu essa posição, bebê? — Percy disse enquanto eles iam em direção a cama.

— Eu vi em um vídeo…

— Você sabe o que isso significa?

Nico acenou, envergonhado demais para dizer.

— Eu quero ouvir.

— Servidão e obediência.

— É isso mesmo. — Percy disse, satisfeito. — Não precisa se apressar, tudo vai acontecer na hora certa. Quero que você relaxe, tudo bem?

Foi o que Nico fez. Deixou que Percy o colocasse sentado na ponta da cama e quando enfim Percy se aproximou, ele fechou os olhos e gemeu, sentindo seu corpo reagir livremente.

O que vocês acharam? Satisfatório? Eu não sei. Eu gostava tanto desse tipo de cena, sabe? +18. Mas agora... não sei. Nos proximos capítulos vou tentar trazer mais plot do que porn.

Até logo.


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8 months ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXIV

Oii, como vai? Um capítulo novo como prometido.

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX / CAPÍTULO XX / CAPÍTULO XXI / CAPÍTULO XXII / CAPÍTULO XXIII

Percy se sentia como se fosse um criminoso. Tinha plena consciência que não devia ter ido ver Apolo e Vanessa sem a permissão de seus pais, afinal, tecnicamente, ele ainda tinha 17 anos e só seria considerado maior de idade dali há dois meses. Sua única opção foi se esgueirar pela casa. Ele se escondeu na entrada de empregados e só se moveu quando não viu ninguém por perto; passou pela cozinha e então correu escadas acima, ouvindo a voz de sua mãe e a de Nico na sala de estar. Era uma pena. Se Nico ainda estivesse dormindo, ele poderia enfim fazer o que tinha que fazer antes que sua mãe o convencesse do contrário.

Sinceramente? Sally estava certa. Eles não deviam mexer com certas coisas, principalmente porque eram jovens demais e porque, de acordo com a lei, eles não seriam responsáveis no caso de algo dar errado. Mas... se Nico já praticou esse tipo de dinâmica com outras pessoas e ele também já estava mergulhado até o pescoço nesse meio, qual era o problema de apressar as coisas? Só um pouquinho? Seria apenas o suficiente para tranquilizar Nico que estava determinado a deixá-lo louco.

De verdade, Percy não tinha escolha. Era o pior tipo de sentimento ver Nico implorando por atenção como se Percy o estivesse ignorando de proposito; e se era o que Nico queria, pelo menos Percy faria da forma certa. Quer dizer, ele já tinha dado um diário para Nico e eles também tinham as palavras de segurança, mesmo que Nico não tivesse notado o que elas realmente eram. Então, talvez, fosse a melhor alternativa. Assim, eles poderiam enfim esclarecer as coisas de uma vez por todas.

Se dando por vencido, Percy andou até seu quarto, colocou a caixa em cima da cama e saiu do quarto rapidamente. Percy não queria que Nico pensasse que ele tinha o abandonado bem no momento que eles tinham se reconciliado. Por sua própria causa, é claro. Como Percy poderia dar o que Nico queria quando Percy sabia da responsabilidade de dominar alguém? Na maioria das vezes não seria apenas obediência e diversão. Era a expectativa por trás da palavra, do que realmente significa dominar a vida de alguém. O cuidado, a preocupação, se certificar que Nico estaria seguro e contente mesmo no meio da dor e da frustração. Era a real responsabilidade de ter a completa entrega e confiança de alguém a ponto de Nico levar cada palavra ou ordem sua ao pé da letra. E pelo o que Percy tinha visto, alguns submissos esperavam que o dominador tomasse todas as decisões por eles, e nisso, Percy não sabia se seria capaz de consentir. Esse era o real motivo dele hesitar tanto, quem dera fosse somente as fantasias de Nico, a expectativa sempre seria mais pesada do que qualquer coisa que eles pudessem praticar.

— Percy? Pensei ter te visto entrar. Acho que precisamos ter uma conversa.

O pior que ele temia aconteceu, alguém realmente tinha o pegado desprevenido. Era sua mãe, furiosa e com os braços cruzados. Percy nem teve tempo de descer as escadas, pelo menos tinha fechado a porta do quarto, a impedindo de ver o logo na embalagem da caixa.

— Olha, não é o que você pensa.

— Eu sei de tudo. Nico me contou.

— Tudo? O que seria esse tudo?

— Não tente me enganar.

Percy parou por um momento, se dando conta que a mãe estava blefando. Se ela soubesse de alguma coisa, Sally já estaria esbravejando de uma forma bem mais especifica. No máximo, ela devia ter visto algo nos ombros ou no pescoço de Nico. Mas... será que ele devia esconder essas coisas de sua mãe? Sempre era melhor ter um plano reserva caso ele fizesse besteira.

— Tudo bem. A gente fez sexo, satisfeita? — Percy levantou a mão antes que Sally pudesse continuar, vendo o rosto dela se aprofundar na fúria, feito uma mãe leoa defendendo seu filhote. — Sei que prometi, eu tentei fazer do seu jeito e olha o que aconteceu! Nico pensou que eu não queria ficar com ele. Descobri que ele...

— Ele o quê?

— Você sabe...

— Não, eu não sei.

— Nico acha que estou rejeitando ele se eu não... tocar nele.

— Oh. — Sally suspirou e se escorou na parede, parecendo derrotada.

— Vou fazer as coisas do jeito certo dessa vez.

— Percy, o que você está dizendo? O Nico não é assim. Ele é bondoso e calmo e...

— Super obediente? Gosta de agradar a todo mundo ao redor dele?

— Percy, eu te proíbo de--

— Ele é um submisso, mãe. O que você quer que eu faça? Por que você acha que eu me afastei de dele? É isso o que você quer?

— Eu decido o que acontece nessa casa e isso não vai acontecer.

— Já é tarde demais, você não vê? Não fui eu quem começou com isso.

— O quê?

— É isso mesmo. Nico andou se divertindo sem mim na Itália. E se eu encontrei um lugar e fui acolhido, tenho certeza que ele também vai encontrar.

Isso enfim pois um fim na discussão. Sally parecia arrasada a um ponto que Percy não tinha visto antes, nem mesmo quando ela descobriu que Percy tinha tendencias suicidas.

— O que pode ter acontecido para Nico querer essas coisas? Ele deve ter aprendido com alguém.

Era uma boa pergunta. Para um garotinho que evitava sequer a menção de sexo para se tonar um submisso era um grande passo.

— Talvez o que ele contou sobre Hades seja pior do que a gente pensou?

— Percy! Eu não quero pensar nessa possibilidade. — Sally levou a mão ao rosto, se negando a acreditar que Hades seria capaz de abusar sexualmente de um garotinho tão indefeso. Quando ela voltou a encarar Percy, Sally tinha um brilho estranho no olhar. — Parece que a gente tem mais trabalho pela frente.

— Mãe, não! Nico não falou nada sobre isso. Não quero que ele se sinta pressionado.

— Querido, é claro que ele não falou sobre isso. Você falaria? É o que abusadores fazem. Eles manipulam pessoas mais frágeis do que eles e as fazem crer que ninguém vai acreditar nelas. Nico precisa de um empurrãozinho na direção certa.

— Eu não sei. Vamos falar com ele, se for o caso--

— Deixa comigo. Hades Di Ângelo não sabe com quem se meteu!  

***

A vida de Percy era uma grande bola de cansaço, pois era assim que ele se sentia. Uma coisa pequena que parecia ser sem importância, de uma hora para a outra, crescia e crescia, e quando ele menos percebeu, os pequenos sinais de perigo se tornaram um vendaval de problemas. Ele não estava reclamando, era melhor saber o que acontecia do que ser pego de surpresa mais tarde. O primeiro deles era sua mãe sempre se metendo no que ela não devia. Eles desceram as escadas e imediatamente ele soube; assim que chegaram no andar de baixo, viu Sally endireitar a coluna, como se ela estivesse se preparando para ir a guerra.

Por sorte, as três pessoas presentes não haviam reparado na presença deles. Nico estava sentado em frente a mesa de refeições, parecendo irritado com algo que Tyson falava para ele, enquanto Grover apenas ria estirado na cadeira onde se sentava. Então, antes que algo pudesse acontecer, Percy segurou no ombro dela, sorriu e se abaixou na direção da mãe, sussurrando:

— Mãe, a gente conversou sobre isso.

— Eu preciso--

— Não, eu vou falar com ele quando for a hora certa.

— Per--

— Me prometa. Estou falando sério.

— Perseu Jackson!

Isso enfim chamou a atenção de Nico. Percy ignorou o olhar fulminante da mãe sobre ele e seguiu em direção a Nico. Sally podia ficar irritada o quanto quisesse, hoje não era o dia certo de discutir essas coisas; hoje, ele iria colocar Nico numa coleira bonita e fazer as coisas da forma certa.

Isso é, Percy faria isso se Nico permitisse. Porque esse era seu segundo problema do dia. Era até engraçado se Percy fosse sincero consigo mesmo. Nico olhou em sua direção por um breve momento e, simples assim, o ignorou. Nico voltou a olhar para o prato em frente a ele, movendo a comida com o garfo de um lado para o outro, não parecendo interessado em comer.

— Parece que alguém não teve uma noite muito boa. — Tyson continuou, mastigando enquanto falava. Era um tanto nojento. O que Percy podia fazer? Quando o irmão estava com esse tipo de humor nada podia impedi-lo. A não ser quando Nico estava com um humor ainda pior.

Em câmera lenta, Percy viu Nico pegar um pãozinho ainda quente, o olhar por um momento e, então, Nico jogou o pão na cara de Tyson, acabando com o riso do irmão, porém, arrancando gargalhas de Grover que quase caiu para trás de tanto que ria.

— Agora, quem é que não está tendo um dia bom? Hm? — Um sorrisinho vitorioso apareceu no rosto de Nico e na maior demonstração de infantilidade, Tyson mostrou a língua para Nico, pegando o pãozinho que havia caído em seu prato e dando uma grande mordida nele.

— Comida arremessada é ainda mais gostosa. Vamos ver quem ganha?

Era claro que a imaturidade tinha ganhado essa rodada. Percy não viu outra alternativa a não ser bancar o adulto. Bem na hora que Nico se preparava para lançar outro pedaço de pão, Percy parou ao lado de Nico e tocou em sua nuca. Ele sequer o segurou, apenas colocou a mão sobre o pescoço de Nico. O efeito foi imediato. Nico parou com a mão levantada e olhou para cima, em seu rosto uma expressão de garoto arteiro.

— Se comporte.

Essas palavras pareceram ter um efeito ainda mais potente. Devagar, Nico abaixou o braço, colocou o pão no próprio prato e olhou para baixo, todo encabulado. Percy nem havia o repreendido ou dito para ele parar, mas foi como se ele tivesse feito. Era... intoxicante. Se Percy desse qualquer ordem a Nico, ele acataria?

— Coma. — Percy disse e esperou para ver o que aconteceria.

Por um momento, ninguém se moveu. Nico continuou todo encolhido contra o assento da cadeira, se remexendo inconfortável. Nem mesmo o barulho dos saltos de sua mãe se aproximando pareceu despertar Nico de sua bolha de vergonha. Nico permaneceu assim por mais uns momentos e enfim voltou a segurar no garfo, dessa vez cortando um pedaço da panqueca e a levando aos lábios, parecendo que iria cair no choro a qualquer momento.

— Bom garoto. — Percy disse mais uma vez, testando para ver o que Nico faria.

Ele acariciou os cabelos ali e sentiu Nico imediatamente relaxar, mastigando devagar sobre seu olhar atento e corar discretamente. A real pergunta era se as coisas sempre tinham sido assim ou era algo novo.

Percy olhou para sua família que agora parecia tão comportada quanto Nico, ainda que ele visse como Tyson e Grover olhavam para ele com um sorrisinho estranho no rosto ou como sua mãe o reprovava, ainda com os braços cruzados, agora sentada em sua cadeira. O importante ali era que ninguém tinha estranhado a cena. Era verdade que ele por vezes tinha que apartar discussões assim, sem importância. A pergunta ali era, Nico sempre reagiu a ele dessa forma? Percy odiava o que seu cérebro fazia com ele, apagando esses tipos de informação e depois o fazendo questionar se era real ou se era apenas sua imaginação fértil inventando cenários fantasiosos.

— Onde você... — Nico começou a dizer, ainda olhando para o próprio prato. — Você não estava na cama quando eu acordei... alguma coisa aconteceu?

— Eu tive que sair bem rápido. É uma surpresa.

— Surpresa? Eu vou gostar disso? — O que Percy escutou foi um “vai ser divertido?”

— Eu garanto que sim.

— Eu só... não gosto de acordar sozinho.

Hm. Percy entendia, realmente entendia. Mas já que Nico queria ir nesse caminho, Percy tinha a obrigação de ser responsável.

— Isso não vai se repetir. Tive um bom motivo.

— Que seria...?

— Você vai descobrir. Logo.

Percy tinha falado com um tom de finalidade que geralmente não gostava de usar. Quer dizer, ele era o dominante ali, não? Então, ele iria agir como um. E Nico parecia ter noção disso, mesmo que eles não tivessem tido uma conversa séria e definitiva. Percy sabia disso porque Nico desviou a atenção do próprio prato e olhou para ele com curiosidade, e ao invés de discutir, Nico fez um biquinho manhoso, voltando a comer, dando uma garfada nos ovos mexidos.

— Você quer? — Nico deu mais uma garfada e ofereceu a Percy, que aceitou apenas para ver um sorriso aparecer no rosto de Nico.

Bem, o que ele poderia fazer? Percy puxou uma cadeira para perto e deixou Nico o alimentar em intervalos, onde as coisas voltaram ao normal; sua família voltou a conversar e Nico se manteve quieto aceitando tudo o que Percy colocasse em seu prato.

***

Nico pegou sua bolsa do chão e aceitou quando Percy ofereceu a mão para ele, ouvindo o sinal tocar. Era sexta-feira e geralmente esse era o dia que Nico mais gostava, um dia que tinha poucas aulas e o fim de semana inteiro para descansar. Ou era o que costumava acontecer. Desde que ele tinha voltado todos os dias eram cheios de altos e baixos, pequenos momentos em que Nico guardava com carinho esperando que eles durassem pelo resto de sua vida. Ele só... só não esperava que depois de tantos desentendimentos as coisas se tornariam tão fáceis. Imprevisíveis? Sim. Mas nunca forçadas, mesmo quando acontecia algo que fazia sua cabeça girar.

Felizmente, esse era um dos momentos bons. Desde que tinha acordado naquela manhã sua cabeça estava... vazia. Nico não conseguia se preocupar com seus problemas, como as provas que se aproximavam ou com Annabeth que continuava os rondando. Nem mesmo quando Percy o repreendeu no café da manhã, tomando as rédeas da situação, como há muito tempo ele não via ninguém fazer, não quando o assunto se tratava sobre ele, o “inocente e delicado Nico”. As coisas apenas pareciam estar no lugar certo novamente, como se ele nunca tivesse ido embora, entretanto, elas pareciam estar melhores ainda, sentindo que eles tinham dado um passo importante em direção ao futuro que ele sempre sonhou.

— Bebê? Tudo bem?

— Hm. Só estou cansado.

— A gente tá quase chegando.

— Ta bom.

Eles estavam mesmo. Nico mal tinha percebido o momento em que haviam entrado no carro de Percy, não se lembrava de ter colocado o cinto de segurança ou quando eles tinham chegado no bairro onde eles moravam. Nico olhava para fora da janela, sem registrar nada, deixando que sua mente viajasse, vazia, Nico se sentindo tão calmo e em paz como nunca tinha se sentido antes. Tinha sido o sexo da noite passada? Ou era apenas a presença de Percy? E de onde vinha essa paz de espírito toda?

Isso não importava, ele saiu do carro quando Percy abriu a porta para ele, aceitou a mão que Percy mais uma vez o oferecia e subiu as escadas enquanto Percy o guiava. Hm... talvez fosse isso. As coisas para ele sempre tinham sido isso, não? A ausência de deveres e obrigações? Nem sempre e nem de tudo, só um pouquinho. Estava tudo bem se Nico se permitisse não tomar nenhuma decisão por algumas horas, certo?

— Lindo. Levanta a perna.

— Oh.

Ele fez, levantou uma perna e depois a outra, permitindo que Percy tirasse seus tênis, meias e calça.

Quando é que ele tinham entrado na casa e ido até o quarto de Percy?

— Os braços.

Nico os levantou também, Percy trocando sua camisa por uma camiseta confortável.

— Melhor? Um pouco de água?

Nico não hesitou, pegou o copo de água da mão de Percy e a tomou em um folego só, se sentindo bem imediatamente.

Será que tinha acontecido algo durante o dia para ele estar se sentindo assim?

— Bom garoto. — Percy disse e beijou seu rosto, o segurando pela nuca, praticamente o embalando em seu colo.

Algo acendeu em seu cérebro, prazer irradiando por seu corpo sem motivo nenhum.

Oh, então era isso? Devia ser esse o motivo dele estar se sentindo tão leve e contente. Não devia ser algo normal se sentir assim durante tanto tempo, certo? Quer dizer, ele tinha acordado de mal humor, mas logo aquele sentimento de estar fazendo a coisa certa e estar no lugar certo o preencheu, o fazendo esquecer que devia estar bravo com Percy.

— Eu... não fala assim comigo.

— Assim como?

— Assim... com essa voz... me tocando dessa forma...

— Eu sempre fiz isso. O que mudou agora?

— Eu... — Nico já começava a não se importar se Percy fazia isso de proposito. Era normal ouvir a voz de alguém e imediatamente sentir todas essas coisas?

Nico ouviu Percy rir e um arrepio percorreu sua coluna. Era um som baixo e grave ao pé do seu ouvido, o fazendo perceber que Percy, de fato, estava fazendo isso de proposito. Talvez ele tivesse gemido e se agarrado ao pescoço de Percy, Percy mordiscando seu ombro, subindo até encontrar mais uma vez o lóbulo de seu ouvido.

— Tudo bem, eu admito. — Percy murmurou. — Você tem estado muito suscetível a... sugestões. Sou eu ou é algo geral?

— Só você. — Nico se pegou dizendo, vendo que era a verdade. — Acho que... eu confio em você.

— Me sinto honrado. — Percy disse sem nenhuma ironia, o tom de voz baixo e aveludado dando lugar a algo mais normal. — Eu tinha medo que isso acontecesse. Nunca vou abusar da confiança que você me dá.

— Eu sei disso. Nunca duvidei disso.

— É por isso que tenho que falar algo com você.

Esse não. Será que ele estava encrencado?

Obrigada por ler. Comentarios e sugestões são sempre bem-vindos.


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8 months ago

I saw one REALLY good piece of writing advice which is try to avoid using the protagonists pronouns bc it creates "psychic distance" between the reader and the protag. so avoid using "I/he/she/they saw the window" and instead describe the window, because it's implied the protag is looking at the window if you're describing it, if that makes sense.

so instead of: "I looked to the sky and saw birds flying above." you would write something like "Up in the sky, birds flew in formation." which not only gives a better description of the event, but allows the reader to feel part of it, rather than just observing an observer. obviously there are instances where you have to use pronouns, in most action sentences you need them. but things relating to the senses can be described without creating that distance


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8 months ago
Teen Wolf AU: Requested By Anonymous. Derek Gets Hit By A Curse That Separates His More Gentle And Happy
Teen Wolf AU: Requested By Anonymous. Derek Gets Hit By A Curse That Separates His More Gentle And Happy
Teen Wolf AU: Requested By Anonymous. Derek Gets Hit By A Curse That Separates His More Gentle And Happy
Teen Wolf AU: Requested By Anonymous. Derek Gets Hit By A Curse That Separates His More Gentle And Happy
Teen Wolf AU: Requested By Anonymous. Derek Gets Hit By A Curse That Separates His More Gentle And Happy
Teen Wolf AU: Requested By Anonymous. Derek Gets Hit By A Curse That Separates His More Gentle And Happy
Teen Wolf AU: Requested By Anonymous. Derek Gets Hit By A Curse That Separates His More Gentle And Happy
Teen Wolf AU: Requested By Anonymous. Derek Gets Hit By A Curse That Separates His More Gentle And Happy

Teen Wolf AU: requested by Anonymous. Derek gets hit by a curse that separates his more gentle and happy parts from his darker self. Stiles is quite surprised to find that Derek is, in fact, able to smile, and maybe falls a little bit in love with Derek (or a lot) before he manages to merge the two parts together again. Derek, meanwhile, tries to not feel jealous of himself, because that’s just fucking ludicrous and he’s not that pathetic. 

8 months ago
*deep Breath*

*deep breath*

Dark Starker

8 months ago

My inner introvert is screaming 😂😂😂

8 months ago

So I have read several people complaining that they can't be expected to know the "unwritten rules" of fandom. So here's what I wish people knew:

Fanfiction is fiction.

Fictional people are not real.

Fictional people do not have rights.

Fictional people cannot be abused.

Reading or writing about something does not mean the desire to do or support it in the real world.

If I find art upsetting/triggering/disgusting/outraging/unpleasant/squicky/distressing/offensive, it is on me not to read it, not the creators and hosts to remove it.

Curate your own experience. The back buttons exist for a reason.

If you don't trust yourself to do that, get someone you trust to do it for you.

Fandom is an adult space. Adults create and own and host fandom spaces. If minors want to participate, then the onus is on them and their parents/guardians/trusted adults to ensure they participate appropriately, not on strange adults to stop being adults.

You often don't know the assault status or mental health status or neurotype or race or nationality or religion or gender or sexuality or age of a creator or consumer, and they do not have to disclose to you to justify their fantasy.

AO3 is not a safe space. It is not intended to be a safe space. Proceed accordingly.

Just because you don't like something or find it offensive doesn't mean it is a "problem" that "has to be dealt with".

Most characters in anime are not white.

There is no onus on you to reblog or share anything.

Everyone makes mistakes in fandom and is less than their best self sometimes.

Persistent pseudonyms encourage long term relationships.

Ship wars are stupid.

Someone else enjoying things does not impact on your own enjoyment of other things.

Tagging and warning is a courtesy, not a requirement. Assume any fic might contain untagged content.

Rating is an imprecise art, not a science.

Don't hassle IP creators.

Most people who are in fandom are hoping to make connections based on a shared passion.

Trying to profit from transformative fanworks puts us all at risk.

No one is obligated to share your head canon or fanon.

Being kind rarely fails to pay off.

It is okay to block and remove people who make your experience unpleasant. You don't have to placate them. (Learn from my mistakes).

Britpicking is a good thing.

You don't have to justify why you like a canon/pairing/trope/kink. Sometimes navel gazing is fun, but you don't have an obligation to explain yourself, especially to strangers. I share the overwhelming desire to refute an unfair accusation, but the people accusing you are rarely doing so in good faith, so you're batting a losing wicket.

I'm not your Mum. (Well, okay, a very few of you can call me Mum or Mom, but if you are one of them you already know who you are ❤️)

If you aren't mature enough to take responsibility for your online experiences, you aren't mature enough to be in fandom spaces.

8 months ago
This Is A Callout Post.

This is a callout post.

8 months ago

I came across this article, and it got me thinking about neurodivergence and platonic relationships.

Aromanticism, Aplatonicism, Neurodivergence and Me
Bring on the Pigeons
Originally, I was going to call this post “Accepting that I was aro was a lot harder than accepting that I was ace, but not for the reasons

Like OP I'd heard of the term aplatonic, but I'd resisted applying the label to myself. It made me kind of uncomfortable, like a flickering light that I'd refused to look at or focus on. I'd think 'that can't be me, I want friends' then move on before I could think about it too much. Because deep down this term struck a chord. One that felt too much like saying 'I'm a bad person who doesn't like their friends'.

But I am bad at maintaining friendships. Not super great at making them either if I'm honest. Most of this can possible be explained by autism, and my struggle with friendships was the primary reason why I'd started suspecting that I might be autistic. (But am I really autistic though?)

I'd heard other autistics explaining how they kind of lack object permanence when it comes to people. Not that they literally don't think that someone doesn't exist when they don't see them, but that they don't think of them. This mirrors my own experience with friends. I don't think of them that often. And if I do and realise that I haven't spoken or seen them in a while, then actually contacting them for catch up takes a lot of energy and mental prep before hand. Phoning people makes me anxious, even for people I talk to all the time and know that I can talk to easily. It's a huge mental effort to go 'I'm going to call Sally today'. Even then I'll probably tidy my bedroom first, do the laundry, vacuum etc., then decide it's too late and put off calling her for another week.

Recently I came across the term 'relationship degradation mechanics' by twitter user Khoshtistic. They described it in terms of their ADHD, but it also describes my own experience perfectly. The term comes about from video games which have a friendship meter for NPCs which either fills up over time, or empties, depending on how often you interact with an NPC. I frequently forget about my friends (that faulty object permanence), I don't message them, call, or organise meet ups. There have been times when I've decided to message someone and then realised that the last time I interacted with them was a year ago. In those instances I often feel so guilty about it that I decide against messaging them completely. Why draw attention to it? When I do happen to catch up with a friend, months or years after I last saw them, I'm often surprised that our friendship bar has degraded. I expect things to be the same as when we last met up, but they aren't.

My partner is always messaging his friends. He is the polar opposite of me in many ways, but especially in this. If he hasn't seen his friends for a while he gets sad and upset about it. When I ask him how long it's been, he'll tell me that it's been ages. But how long is that? A couple weeks, he says. For him those couple of weeks span a millennia, for me that feels like yesterday.

This type of conversation is not uncommon for us:

Him: We haven't seen Sally and John in ages

Me: But we just saw them. Remember? we played board games

Him: That was 2 weeks ago!

Me: Exactly. Only 2 weeks ago.

We both have a very different understanding of time.

His relationship with friendships is informed by his ADHD in a very different way to mine. He worries that if he doesn't stay in contact with people constantly, then they'll think he hates them and subsequently decide that they hate him too. Rejection Sensitivity Disorder (RSD) is a bitch. I'm glad I don't have that, but sometimes I wish I cared a little more than I do.

He cares so much for his friends and what they think of him. Sometimes I feel like I'm not really friends with anyone, and that I'm only preforming friendship. Sometimes I feel like an unfeeling robot, and the ace/aro community often (unintentionally) amplifies that feeling. The uncaring aro or ace person is a common trope that the aspec community rails against, usually by saying that one can still have strong and intimate platonic relationships. However this is something that I don't have either. I'm ace, aro, and at the very least bad at friends. So what does that make me?

8 months ago
Nico Has One Problem: Cerberus (who Needs Pets!) Has 3 Heads And He Has Only 2 Hands

nico has one problem: cerberus (who needs pets!) has 3 heads and he has only 2 hands

8 months ago
8 months ago

Percy really could have dated a rich,pretty,fun,artistic girl who he feels comfortable with or the son of one of the greatest gods who is kind,smart and probably the strongest demigod of this era + sees him as the greatest thing since sliced brad, and yet he decided to date a girl who hits him,insults him and thinks he is an idiot huh?

8 months ago
To Be A Demigod Napping In The Sun With Your Bf🤲

To be a demigod napping in the sun with your bf🤲

8 months ago

“omg you’re so creative. how do you get your ideas” i hallucinate a single scene in the taco bell drive thru and then spend 13 months trying to write it

8 months ago
I Received A Comment Saying That The Function Of That Strap Over Bucky's Chest Is To Drag Him Over For
I Received A Comment Saying That The Function Of That Strap Over Bucky's Chest Is To Drag Him Over For
I Received A Comment Saying That The Function Of That Strap Over Bucky's Chest Is To Drag Him Over For
I Received A Comment Saying That The Function Of That Strap Over Bucky's Chest Is To Drag Him Over For

I received a comment saying that the function of that strap over Bucky's chest is to drag him over for a kiss, so yes.

8 months ago

Creative misfortunes for characters

Identity Crisis: Have your character lose their memory, forcing them to rediscover their true self and past.

Betrayal by a Loved One: A close friend or family member betrays the character's trust, leading to emotional turmoil and inner conflict.

Physical Transformation: Give your character a physical ailment or transformation that they must come to terms with, such as sudden blindness, a debilitating illness, or turning into a different species.

Unrequited Love: Make your character fall deeply in love with someone who doesn't reciprocate their feelings, causing heartache and a quest for self-discovery.

Financial Ruin: Strip your character of their wealth and privilege, forcing them to adapt to a life of poverty and face the harsh realities of the world.

False Accusation: Have your character falsely accused of a crime they didn't commit, leading to a desperate quest to clear their name.

Natural Disaster: Place your character in the path of a devastating natural disaster, such as a hurricane, earthquake, or tsunami, and force them to survive and rebuild.

Loss of a Sense: Take away one of your character's senses (e.g., sight, hearing, taste) and explore how they adapt and cope with this profound change.

Forced Isolation: Trap your character in a remote location, like a deserted island, and make them confront their inner demons while struggling to survive.

Haunted Past: Reveal a dark secret from your character's past that comes back to haunt them, threatening their relationships and well-being.

Time Travel Consequences: Send your character back in time, but make them inadvertently change a crucial event in history, leading to unintended consequences in the present.

Psychological Breakdown: Push your character to the brink of a mental breakdown, exploring the complexities of their psyche and their journey towards recovery.

Unwanted Prophecy: Have your character be the subject of a prophecy they want no part of, as it places them in grave danger or disrupts their life.

Loss of a Loved One: Kill off a beloved character or make your protagonist witness the death of someone close to them, igniting a quest for revenge or justice.

Incurable Curse or Disease: Curse your character with an incurable ailment or supernatural curse, and follow their journey to find a cure or accept their fate.

Sudden Disappearance: Make a character disappear mysteriously, leaving the others to search for them and uncover the truth.

Betrayal of Morals: Force your character into a situation where they must compromise their ethical values for a greater cause, leading to moral dilemmas and internal conflict.

Loss of a Precious Object: Have your character lose a cherished possession or artifact that holds sentimental or magical significance, setting them on a quest to recover it.

Political Intrigue: Place your character in a position of power or influence, then subject them to political intrigue, manipulation, and power struggles.

Existential Crisis: Make your character question the meaning of life, their purpose, and their place in the universe, leading to a philosophical journey of self-discovery.

Remember that misfortunes should serve a purpose in your story, driving character growth, plot development, and thematic exploration.

Creative Misfortunes For Characters

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8 months ago

writing

Ultimate "Know Your Character Inside Out" Template

The ultimate template for creating a character, without losing your mind, while you're at it.

(yes i use my bg3 character as the example, because she is wonderful, beautiful, evil)

Character Background Template ... (open)

1. Name:

2. Age:

3. Gender & Pronouns:

4. Physical Appearance:

   - Hair color:

   - Eye color:

   - Height:

   - Build:

   - Distinguishing features (scars, tattoos, etc.):

5. Background and Upbringing:

   - Where were they born and raised?

   - What was their family structure like (parents, siblings)?

   - Describe their childhood environment and upbringing.

   - Were there any significant events or traumas in their past?

6. Education and Skills:

   - What level of education did they receive?

   - Did they excel in any particular subjects or skills?

   - Have they pursued any additional training or education since then?

7. Personality Traits:

   - Describe their personality in a few words.

   - What are their strengths and weaknesses?

   - How do they typically react under stress or pressure?

8. Motivations and Goals:

   - What are their short-term and long-term goals?

   - What drives them to pursue these goals?

   - Are there any fears or insecurities that motivate or hinder them?

9. Relationships:

   - Who are the most important people in their life?

   - How do they interact with family, friends, and acquaintances?

   - Do they have any romantic interests or significant relationships?

10. Past Experiences:

    - Have they faced any major challenges or setbacks in the past?

    - How have these experiences shaped their beliefs and values?

    - Have they experienced any significant losses or tragedies?

11. Worldview and Beliefs:

    - What are their core beliefs and values?

    - How do they view the world around them?

    - Are there any cultural, religious, or philosophical influences in their life?

12. Inner Conflict:

    - What internal struggles do they face?

    - Are there any unresolved issues from their past that continue to affect them?

    - How do these inner conflicts impact their decisions and actions?

13. Connection to Outer Conflict/Plot:

    - How does their personal journey intersect with the main plot or external conflict?

    - What stakes are involved for the character in the larger story?

    - How do their goals and motivations align (or conflict) with the central conflict?

 

(Shorter) Knowing Your Character Inside Out Checklist

Personality Traits:

   - Introverted/Extroverted

   - Optimistic/Pessimistic

   - Assertive/Passive

   - Empathetic/Self-centered

   - Logical/Emotional

   - Adventurous/Cautious

   - Honest/Dishonest

   - Ambitious/Content

Beliefs and Values:

   - Religious beliefs (if any)

   - Moral code

   - Political beliefs

   - Views on relationships

   - Attitude towards authority

Fears and Insecurities:

   - Common fears (spiders, heights, etc.)

   - Deep-seated insecurities (failure, rejection, etc.)

   - Traumatic experiences (if applicable)

Desires and Goals:

   - Short-term goals

   - Long-term aspirations

   - What motivates them to pursue these goals?

Strengths:

   - Intellectual strengths

   - Physical abilities

   - Emotional resilience

   - Social skills

   - Unique talents or abilities

Weaknesses:

   - Personal flaws

   - Areas of vulnerability

   - Bad habits

   - Limiting beliefs

Backstory:

    - Family background

    - Childhood experiences

    - Significant life events that shaped their identity

    - Education and career path

    - Previous relationships

-Josie

8 months ago

How to Write Defiance: A Quick Guide for Writers

Whether they're standing against authority or resisting the status quo, the actions of defiant characters can add layers of depth to your story. Here are some quick tips on how to effectively write defiance in your characters.

Behaviour

Question authority and break rules

Don't easily back down from challenges

Rebellious and do the unexpected

May appear stubborn to others

Don't easily conform to norms

Value their independence and freedom

Resilient in the face of adversity

Assertive and direct

Courageous in the face of danger

Act based on their principles and beliefs

Interactions

Direct and stand their ground during disagreements

Don't shy away from tough conversations

Don't let others manipulate or control them

Not afraid to express their opinions

May challenge others' viewpoints during discussions

Stand up for what they believe in

Protective of those they care about

May be argumentative or confrontational

Don't give in easily during negotiations

Can be inspiring, encouraging others to stand with them

Body language

Head high with a strong posture

Serious or determined expression

Maintain steady and direct eye contact

Use expansive, open body language

Do not shy away from physical confrontation

Cross their arms to show resistance

Move with purpose and determination

Not easily intimidated by the physical presence of others

Clench their fists when frustrated or angry

Adopt a challenging stance

Attitude

Not easily swayed by popular opinion

Confident in their own abilities

Persevere no matter how tough the situation gets

Believe strongly in their cause or principles

Refuse to be victims

Unruffled by criticism or opposition

Disregard rules they don't agree with

Risk-takers who often choose difficult paths

Value transparency and honesty

Can come across as proud or arrogant

Positive story outcomes

They may succeed in overturning an unjust system

They can inspire others to stand up against injustice

They achieve their goals through sheer determination

They may help someone break free from oppression

They can contribute to a significant societal change

Negative story outcomes

Their defiance can get them into trouble

They may alienate themselves from others with their behaviour

They can face severe consequences for breaking the rules

Their relationships may suffer due to their stubbornness

They can be misunderstood and labelled as troublemakers

Helpful Synonyms

Rebellious

Nonconformist

Contrary

Dissident

Contrarian

Unruly

Insurgent

Uncooperative

Unmanageable

Mutinous

Intransigent

Insubordinate

Recalcitrant

Resistant

Obstinate

Obstreperous

Noncompliant

Indomitable

Unyielding

Fractious


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8 months ago
Pay Attention!!!

pay attention!!!

n e way, of all things, i’ve (finally) started posting this long fic of them, so check it out !

8 months ago
Too Many Thoughts, Too Many Questions And A Liiittle Bit Of Mixed Feelings. @percico-nicercy-events

Too many thoughts, too many questions and a liiittle bit of mixed feelings. @percico-nicercy-events

8 months ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXIII

Oiiiiiii, tudo bem? Então.... eu disse que não ia voltar tão cedo, ne? O que eu posso dizer? Consegui escrever um capítulo essa semana! Mas quase não saiu. Acho que eu estava precisando recuperar as forças, mesmo que eu não me sinta muito melhor que dias atrás.

De qualquer forma, estou aqui! Também descobri que eu tinha algumas cenas já prontas para postar, o que eu vou fazer nos próximos dias. Acho que eu não postei porque quando eu me sinto mal é quando minha autocrítica autodestrutiva mais ataca. Tudo isso para dizer que tem vezes que eu leio o que escrevo e tudo parece um desastre e outras, eu me divirto enquanto escrevo ou reviso. Felizmente no momento estou no aspecto positivo da autocrítica.

Também vou começar a postar algumas coisas mais aleatórias, ok? Eu tinha por aqui um blog de dicas de escritas, e às vezes ainda tenho vontade de fazer posts assim. Então, se aparecer esses tipos de posts ou posts com algumas anotações, relevem. Vou encarar esse blog como um diario. A verdade é que eu gosto de documentar coisas que eu leio e prendo, para assim quando chegar no fim do ano eu ter uma prova de que não fiquei apenas olhando para o teto sem evoluir em nada.

Por enquanto é isso. Peço desculpas novamente para as pessoas que tem que aturar minhas mudanças de humor e ainda estão por aqui, mas... acho que essa sou eu, às vezes tudo está bem e outras, nada está. Principalmente peço desculpas a minha beta😫 estou com muita vergonha para pedir desculpas pessoalmente, por isso espero que você veja isso e me perdoe. Não vou pedir ajuda para ninguém até eu acabar essa história (pra não perder o tempo de ninguém), o que talvez nem aconteça. Então, eu acabar essa história não é uma certeza, mas vou tentar. E com certeza não vai ter capítulos novos todas as semanas, vou tentar meu melhor, porém, não vou me forçar como eu fazia no passado.

Obrigada por me ouvir e boa leitura!

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX / CAPÍTULO XX / CAPÍTULO XXI / CAPÍTULO XXII

PS: Por enquanto a versão em inglês está em hiatus. Quando eu tiver tempo, vou continuar. Vou aproveitar que as ideias estão vindo para escrever bastante, assim, que burnout vir, porque eu sei que ele vai vir continuo com essa versão.

OBS: Como eu disse antes, percebi que tinha um capítulo pronto. Vamos regredir uma ou duas cenas e continuar daí. Também dei uma revisada na história inteira, ela está aqui no AO3.

CAPÍTULO XXIII

— Bom garoto. Tão obediente. — Nico fechou os olhos bem apertado e se negou a responder, sentindo seu corpo balançar com o efeito do orgasmo.

Não que ele fosse capaz no momento. Não, Nico acha que nunca tinha gozado com tanta força em sua vida, e ouvir Percy falar assim com ele, o fazia estremecer ainda mais. Nico achava que nem o próprio Percy sabia o que essas palavras faziam com ele, o tom de voz aveludado e agora o toque suave que o acalentava depois de algo tão intenso. Não era apenas isso, era a forma como Percy falava com ele, como se Percy realmente estivesse orgulhoso; era a forma que Percy olhava para ele, o analisando friamente dos pés à cabeça e, ao mesmo tempo, com aquela fome no olhar que o fazia querer obedecer a cada ordem. Ele não conseguia lidar com isso, então, era melhor apenas se sentir grato por esse momento estar acontecendo.

— E, então? — Nico ouviu Percy dizer, o sentindo tocá-lo e massagear seus braços, chegando em seu pulso para enfim abrir a algema. Engraçado, para quem tinha medo de ser preso, ele nem hesitou quando Percy sugeriu.

— Então, o quê? — Nico murmurou, ainda ligeiramente desorientado. Ele nem mesmo conseguiu levantar os braços, permitindo que Percy continuasse a massagear a pele avermelhada.

— Foi bom ou ruim?

— Hmm?

— Você gostou do que eu fiz?

Não era obvio?

— Eu gozei duas vezes.

— Não quer dizer que você tenha gostado.

— E você, gostou? — Nico rebateu, tentando se mover, o que apenas o fez cair para trás feito uma jaca podre.

Quando Percy não respondeu, Nico olhou para ele. Era bem claro o que acontecia, Percy e seu complexo de mártir. A verdade é que ele tinha gostado, ambos tinham, e isso parecia ser um problema para Percy.

— Eu gostei, tá bom? Quer dizer, seu queixo ainda está molhado.

Para provar a evidência do crime, Nico se esticou todo, gemendo de dor em seus músculos e passou os dedos no rosto de Percy, mostrando o líquido a Percy.

— É, eu acho que sim. — Mas Percy ainda tinha aquela expressão analítica, quase rígida demais, como se estivesse se preparando para dar a próxima ordem, o que se tornou verdade no final. — Fique aqui.

— Para onde eu iria?

— Com você eu nunca sei. Só não… fuja. Tudo bem?

— Eu disse que não vou fazer isso de novo. Até quando você vai me culpar por isso?

— Eu sinto muito. — Percy tentou sorrir, e quando isso não funcionou, ele deu as costas a Nico, que caiu mais uma vez nos travesseiros.

Parecia que Nico não era o único traumatizado pelo passado. O que ele podia fazer? Essa era a história deles, às vezes feliz, outras, problemáticas. Nico não trocaria o que viveram por nada nesse mundo. Onde ele estaria se não tivesse conhecido Percy em um banheiro público de escola? O que ele teria feito se Percy fosse igual aqueles garotos? Pelo menos, eles não estariam nesse impasse. Será que se… que se ele forçasse as coisas só um pouquinho, Percy veria que não havia motivo para tanta culpa? Afinal, Percy sempre gostou da verdade e de coisas bonitas…

— Nico.

Se assustando, Nico viu o rosto de Percy perto demais e segurou nos ombros de Percy, o afastando.

— No que você anda pensando, hmm? Conheço bem essa carinha.

— Não sei do que você está falando.

— Você não está aprontando, está? Se comporte.

— Eu sempre me comporto. — “A não ser quando eu preciso agir”, Nico pensou, colocando sua expressão mais inocente.

— Vou acreditar em você.

Percy se sentou a seu lado e começou a limpá-lo. Em seu peito, abdômen e então no meio das pernas de Nico, suavemente deslizando uma toalha umedecida, chegando em sua entrada.

— Você não precisa fazer isso.

— Eu quero fazer. — Percy murmurou, o beijando no rosto. — Você tinha razão. Eu estava ausente, prometo que vou te recompensar.

— Que tal começando agora. Me deixa te chupar?

— Como isso pode ser uma recompensa para você? — O importante nisso tudo é que finalmente Percy tinha sorrido, acariciando seus cabelos.

— Isso é um sim ou um não?

— É um talvez depois. Agora, está na hora do bebê tirar uma soneca.

— Eu não sou um bebê.

— Então por que você está bocejando no meio da tarde?

Era uma boa pergunta.

Nico só deixou que Percy o cobrisse porque ele tinha se deitado a seu lado e o abraçado bem forte, também entrando debaixo das cobertas junto com ele.

***

Por algum motivo, Percy se sentia exausto. Ele se permitiu relaxar no travesseiro, colado contra as costas de Nico e fechar os olhos, apenas por um momento, apenas o suficiente para sentir o peso sair de suas costas. Era um peso metafórico, é claro, um peso que ele nem sabia estar ali. Percy nunca imaginou que a culpa poderia drenar alguém a ponto de afetá-lo fisicamente. As coisas também eram assim no passado? Percy não conseguia se lembrar. Esse era um mal hábito que tinha desenvolvido, outra muleta psicológica, ele sabia. Percy se esquecia e guardava a sete chaves no fundo da mente tudo o que fosse traumático ou frustrante.

Quer saber? Percy tinha decidido não pensar no que fosse ruim ou bom, bem ou mal, e se concentraria no que fosse o certo para eles. Eles estavam confortáveis com isso? Ótimo! Parecia divertido? O fazia se sentir bem? Então, seria o que eles fariam. O que adiantava fazer o que era considerado como “normal” se isso causava tanta dor, e não do tipo que Nico parecia gostar? Era melhor se ele falasse com a mãe, só para tranquilizá-la. Percy sabia melhor do que ninguém que Sally o perturbaria até que ele se confessasse para ela.

Se sentindo cansado mais uma vez, Percy saiu debaixo das cobertas, tentando não acordar Nico e viu algo caído no chão. Ele deu a volta na cama e ali no meio do caminho estava o diário que tinha dado a Nico. O diário estava aberto no início das primeiras folhas e tinha uma caneta presa, marcando a última página escrita.

Ele também já tinha se esquecido disso. Felizmente, parecia que mesmo ele sendo uma pessoa horrível, Nico ainda era o mesmo doce garotinho, sempre o obediente. Sim, Percy pôde ver que Nico já tinha escrito algumas palavras e tinha personalizado a contracapa:

DIÁRIO DO NICO Se perdido, devolver para o Percy!

Percy teve que rir, já se sentindo leve. Tinha até uns desenhos bonitinhos de corações, anjinhos e diabinhos ao redor das letras. Entretanto, o que realmente chamou sua atenção foi a página em que a caneta estava presa.

“Eu adoro aquele tipo de espaço mental em que eu quase flutuo, quase delirante, sabe? Minha cabeça fica leve e eu não faço ideia do que quero fazer, só quero o que você quiser que eu faça. Na maioria das vezes, tudo o que sei é que quero ser fodido com tanta força que eu mal consiga falar e tudo o que eu consiga fazer seja pequenos gemidos quando você me perguntar alguma coisa.” “Quero o tipo de sexo que deixa marcas nos meus quadris e a forma das suas mãos na minha pele. O tipo de sexo que deixa o meu peito coberto de mordidas e as suas costas cheias de arranhões. Quero o tipo de sexo que faz o meu corpo doer e pulsar e que me faça te sentir entre as minhas pernas no dia seguinte.”

Esse era um trecho que parecia se destacar das outras páginas, algo escrito às pressas, em garranchos despreocupados, á tinta preta e sem decorações ao redor, como se Nico não quisesse passar muito tempo com aqueles pensamentos e só precisasse despejá-los no papel. Esse foi o real motivo que o fez encarar aquelas palavras por longos momentos, estático, parado no meio do quarto com Nico ainda dormindo tranquilamente, sem nenhuma preocupação.

Era impossível não comparar os dois estilos tipográficos. De um lado da folha, vinhas e arvores que pareciam se entrelaçar até os céus, acompanhados por linhas de poemas, simples e bonitas, do outro, uma prosa desajeitada e vulgar, permitindo a Percy ver os dois lados de Nico que ele raramente via juntos. Tinham outros desenhos, é claro. Um demônio e um anjo que ocupavam uma página inteira, descrições de personalidade e características físicas, algumas poucas linhas de narração que na página seguinte eram interrompidas por mais garranchos com pensamentos soltos.

“Quero que você me abrace e me toque, quero que você me faça sentir seguro e pequeno, feito o bebê que eu nego ser. Quero que você me diga quando ninguém estiver vendo: "Como está o meu garoto? Ele se comportou?" Quero ter regras e quero ter que pedir autorização. Quero ser disciplinado quando não faço o que você mandar.”

Percy teve que parar de folear o diário e olhar para Nico dormindo cama.

Ele... porra! Ele queria fazer tudo isso, queria fazer todos os desejos de Nico se realizarem. E sabe por quê? Eram os mesmos que os seus. Cada palavra e confissão parecendo ser algo que ele faria se a culpa não o tivesse impedido até aquele momento. Será que essas fantasias realmente eram de Nico? Ou será que era algo que Nico tinha escrito para se vingar dele? Ou, pior ainda, era o que ele tinha levado Nico a acreditar que ambos queriam? Mas, ao mesmo tempo, Percy conseguia reconhecer Nico em cada linha, seja desajeitada ou elegante, misturado a influência que ele tinha sobre Nico e outras coisas e momentos em que Percy não esteve presente para moldá-lo.

Sinceramente? Percy estava aliviado. Saber que Nico tinha tido outras experiencias e conhecido outras pessoas e que mesmo depois de tudo isso Nico ainda tinha voltado para ele, tirava mais uma parte do peso que ele nem sabia que levava. Entretanto, a questão importante era: Como ele poderia fazer... tudo isso sem passar dos limites? Como ele poderia se certificar que Nico não sairia disso o odiando de verdade?

Ele... Percy precisava de ajuda. E de algumas coisas, também. Algo que fizesse Nico entender a seriedade da situação, do quanto ele desejava que Nico permanecesse seguro e feliz. Parece que esse era o momento de agir.

***

Nico abre os olhos e a primeira coisa que nota é a luz do sol entrando pelas persianas, o cegando momentaneamente. Sua cabeça pulsava com uma dorzinha irritante nas têmporas, mas seu corpo estava o mais relaxado em que ele já esteve. Sua visão estava turva também, atordoado pelas endorfinas que ainda pareciam manter seu corpo calmo e sua mente maravilhosamente vazia, como se toda a ansiedade tivesse sido sugada por uma mangueira compressora. Nem mesmo suas aventuras com garotos mais experientes tinham causado esse tipo de reação nele.

Ele olhou para o lado, esperando encontrar Percy e recebeu em troca a ausência e um pedaço de papel, Percy nem mesmo tinha deixado seu calor para trás, o que significava que Percy tinham se levantado tempos atras.

Bem, Nico não deveria criar expectativas quando Percy estava lidando tão mal com as coisas nos últimos tempos. E ele disse que daria tempo para Percy se acostumar com as coisas, não disse? Mesmo que fosse difícil continuar esperando por algo que talvez nem fosse acontecer, ele não tinha outra escolha. Era melhor ter a companhia de Percy do que não ter nada. Mas isso não queria dizer que ele não fosse tentar seu máximo para conseguir o que queria.

Se dando por vencido, Nico se sentou na cama e pegou o bilhete.

“Você dormiu bem? Eu tive que sair rapidinho. Prometo estar de voltar para o café da manhã. Me espere. Per.”

Era só isso? Era o que ele merecia depois de sentir seu mundo sacudir? Isso era tão justo! Chega! Ele iria tomar uma atitude imediatamente.

Esquecendo da dor de cabeça e os dos músculos doloridos, Nico amassou o bilhete, o jogou em algum lugar em direção ao cesto de lixo e marchou até parar em frente ao guarda-roupa. Isso era tão ridículo! Nunca pensou que chegaria o momento em que ele teria que se rebaixar a tanto. Ele pegou a caixa com seus brinquedos, enfiou a mão no fundo dela e pegou uma embalagem lacrada, de cor preta. Era algo que a vendedora tinha sugerido e já que ele tinha comprado coisas piores, não era isso que o tornaria uma pessoa ruim. Nico colocou o pacote em cima da cama, pegou os itens que iria precisar e entrou no banheiro. Iria mostrar para Percy quem mandava ali.

***

Percy se sentia bem melhor agora.

Como ele poderia explicar? Bem... tinha um lugar, um tipo de bar, e ele tinha ficado curioso, sabe? Percy nunca participou, entretanto... ele tinha assistido e entendido bem rápido como as coisas funcionavam. O que ele podia fazer? Sua mãe sempre dizia que conhecimento era algo que ninguém podia tirar de você, e de fato, tinha sido algo difícil de esquecer. Talvez ele tivesse ficado entediado sem Nico por perto ou talvez quando ele se viu sozinho, sem ninguém para vigiá-lo... por que não? Sendo que Percy não precisava mais ser o cara bonzinho?

O fato era, Percy tinha descoberto que ele fazia aquelas coisas sem precisar que ninguém o ensinasse. Pelo menos ali, aprendeu que o que ele fazia era errado se Percy não pedisse permissão antes.

Um bom exemplo disso eram as palavras, pequenas sugestões que se repetidas poderiam se tornar em comportamentos condicionados, como quando você ensina seu cachorro a dar a patinha em troca de petiscos. Pessoas tinham as mesmas tendencias e vontades semelhantes, também. Algumas mais assertivas e outras, mais obedientes. Era um dinâmica normal, nada forçado, é claro, apenas modos de comportamentos onde cada um se sentia mais confortável para se expressar. E isso era só o começo, nem sequer era algo sexual ou romântico, apenas atitudes que a maioria das pessoas não reparavam. Sua psicóloga da época tinha sugerido algo parecido. Não que ele fosse atras desses tipos de clubes e sim que Percy analisasse por que ele se sentia tão codependente de Nico ou porque Percy se sentia tão frustrado. E como parecia estar relacionado a sexo, ele pensou... por que não? Sua mãe tinha apoiado a ideia e, seu irmão e Grover, amado mais ainda. Assim, como uma família unida, todos foram investigar o bar, incluindo sua mãe.

O importante era que quando ele descobriu o que fazia com Nico já era tarde demais, Nico tinha ido embora e ele tinha ficado sozinho, com todas aquelas ideias e ninguém para testá-las. Percy não se orgulhava do que tinha feito, mas não se arrependia tão pouco. Sendo sincero? Ele não se importava com aquelas pessoas e se ele tivesse magoado algumas pelo caminho, não era da sua conta. Percy nunca prometeu nada a elas, cansando de avisar o que aconteceria no fim.

Era por isso que Percy estava ali naquela manhã, um bar vinte e quatro horas que funcionava como lanchonete durante o dia. Fazia mais de um ano que Percy não entrava lá, mas como eles eram o lugar que ele mais confiava, teria que ser ali mesmo.

Percy respirou fundo e entrou pelas portas de ferro negras, chegando a primeira área onde havia mesas e cadeiras de madeira que ao anoitecer seriam retiradas para dar lugar a pista de dança. Continuou andando mais ao fundo e encontrou o bar, um balcão longo junto a uma cozinha espaçosa, vendo os garçons pegarem pratos de comida para serem entregues. Ele só esperava que ningue--

— Percy, querido. Quanto tempo!

— Vanessa. — Percy disse e se virou, vendo sua “professora” favorita. Ela era uma dominatrix atenciosa, bondosa e firme, algo que ele sempre quis ser e que nunca teve a paciência. Em comparação a ela, Percy era ansioso e um tanto cruel. Quem sabe um dia?

— O que te trás aqui? Finalmente procurando companhia? Tenho um submisso que--

— Não dessa vez. — Percy disse e sorriu, negando educadamente. — Estou procurando Apolo. Será que ele está por aqui?

— Ah, isso é tão bom. Quem é o garoto?

— Alguém novo.

— Hm, entendi. — Mas ela parecia o julgar como todos faziam.

— Não tão novo. Ele é novo na cena.

— Ah, tudo bem. — Vanessa voltou a sorrir e saiu de trás do balcão. — Eu sei exatamente o que você quer.

Então, juntos, eles passaram por mais uma porta, subiram uma escada em caracol e chegaram no segundo piso, cheio de portas com quartos particulares, alguns com janelas que permitiam ver dentro dos quartos e no fim do corredor, uma porta grande de metal negro que eles também entraram.

Realmente, aquela sala era o que Percy estava procurando. Ele sentia que se trouxesse Nico ali, o garotinho iria passar algumas horas perguntando para o que aquelas coisas penduradas na parede serviam. Também havia um balcão mais ao fundo do cômodo, onde um homem alto e loiro lia uma revista, usando um fone de ouvido.

— Ei. — Percy disse assim que se aproximou.

Apolo olhou para cima e no mesmo momento tirou o fone e se levantou, correndo em sua direção. Estava tudo bem, porque Percy estava preparado. Ele abriu os braços e deixou que Apolo o abraçasse o quanto quisesse, se esfregando nele.

— Ah, olha o nosso pequeno Dom. Tão crescido. Você tem malhado? Aposto que os garotinhos te perseguem.

Não desde que Nico tinha voltado, mas esse era outro assunto.

— Só um. Eu estava procurando algo específico.

— Eu sei exatamente o que você precisa.

— Eu não disse nada ainda.

— E nem precisa.

Apolo sorriu todo esfuziante, pegou uma cestinha de compras e começou a andar pelos corredores e prateleiras.

— Deixa eu ver. Algo discreto para o dia.

Apolo esticou a mão e pegou uma gargantilha, algo no estilo gótico. Uma tira de couro maleável e discreta com cristais pequenos a enfeitando.

— Algo para brincar.

Dessa vez Apolo pegou uma coleira rosa clara, pesada e com grandes furos, com uma plaquinha de identificação e um fecho para colocar uma guia se ele quisesse.

— Algo para mantê-lo quietinho e comportado, sim?

Finalmente Apolo pegou uma focinheira com uma bola no meio, uma venda de ceda e algemas macias.

— Pronto. Isso deve bastar.

— Eu não posso, isso é muita coisa.

— É um presente para nosso Dominador júnior!

— De verdade, eu não posso--

— Ah! Está faltando uma coisa!

— Apolo, não!

— Sim.

Antes que Percy pudesse impedi-lo, Apolo voltava com uma palmatoria. Sua superfície era toda em couro preto, feito de um material rígido, mas a ponta dela tinha um acolchoamento macio que traria dor sem deixar muitas marcas.

— Apolo!

— Vamos, é só dessa vez. Eu nunca vi você interessado em ninguém. Considere um presente de boa sorte.

— Exatamente! Eu não posso aparecer com isso. Ele vai pensar que eu--

— Ele não está errado.

Percy bufou e desistiu de discutir. Apolo era tão ridículo que isso tornava impossível contrariá-lo.

— Além do mais... — Apolo continuou, embalando os itens em uma caixa bonita. — Já que você me rejeitou, o mínimo que você pode fazer é aceitar meu presente.

— Quanto ficou? — Percy, para sua própria sanidade, decidiu ignorá-lo, e pegou a carteira.

— Você não ouviu o que eu disse? É um presente.

— Qual é! Isso vale pelo menos mil reais.

— E daí? Eu sou rico.

— Eu também sou.

— Parece que estamos em um impasse. — Apolo fez uma careta de tristeza e balançou a cabeça. — Parece que o seu garoto vai ficar muito decepcionado, então.

— Ele não sabe que eu estou aqui.

— É uma surpresa? Eu não sabia que você era um romântico. — Dessa vez, não havia nenhuma ironia na voz de Apolo. — Estou me sentindo muito solteiro agora.

Percy tinha esquecido como Apolo podia ser dramático. Ele era bonito, isso Percy não podia negar. Entretanto, beleza não era tudo na vida, mesmo que ajudasse muito.

— Vanessa! Me arruma um dom agora mesmo!

Percy se virou e lá estava Vanessa, os observando de longe como se assiste uma série de comedia.

— Eu fiz, três vezes no último mês.

— Você chama aquilo de dominação? Minha mãe é menos vanila do que aquilo.

— Por favor, me poupe. — Vanessa cruzou os braços e revirou os olhos.

— Custava me apresentar alguém alto, gostoso e com atitude? Será que é muito?

Foi a vez de Percy revirar os olhos. Ele queria dizer que essa era a primeira vez que algo parecido acontecia. Ele jurava que não estava tentando se gabar, mas... de fato, Percy pensou que esses dias de D/s tinham ficado para trás. Mas ali estava ele, pedindo ajuda para essas pessoas.

— Se comporte. — Percy se pegou falando, já irritado pela situação. O pior é que Apolo imediatamente endireitou a coluna. E ele teve que completar: — Não se atreva.

Também não seria a primeira vez que Apolo se ajoelharia sem nem perceber.

— Tão malvado.

— Olha, eu agradeço a ajuda, mas eu tenho que--

— Está tudo bem? — Apolo perguntou, agora sério. — Você disse que nunca dominaria ninguém. É sobre o garoto que te fez sofrer?

— Talvez. — Percy deu de ombros. — Não é culpa dele.

— Tudo bem. Você precisa de ajuda? Talvez uma mediação?

— Não. Eu consigo. — “Talvez”, ele queria ter dito. A verdade é que Percy não conseguia nem mesmo pensar em ter que dividir Nico com alguém ou deixar que outras pessoas assistissem. Percy não sabe se conseguiria se controlar. — Não precisa se preocupar.

— Tem certeza? A gente podia dar uma ajuda pro pobre do garoto. Ele sabe no que se meteu?

— Não precisa se preocupar. — Repetiu.

O pior era que Percy não estava mentindo. Nico sabia muito mais do que ele gostaria.

Por enquanto é isso. Até que eu gostei desse capítulo. Não sei, acho que consigo ver um amadurecimento no Percy. Pelo menos ele está tentando ser responsavel. Vou adorar saber a sua opnião ou possiveis sugestões e feedebacks. Provavelmente semana que vem estou de volta, já que eu tenho mais algumas cenas prontas.

Até proxima!


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9 months ago

Pausa Indeterminada (Indefinite break)

Oi, como vai? Bem, eu não vou tão bem.

Nem lembro a última vez que escrevi algo que eu tenha gostado sinceramente. Pensei que escrever histórias curtas poderia ajudar, embora eu nunca tenha gostado delas.

Estou aqui para dizer que estou entrando em hiatos, provavelmente definitivo. O problema não é falta de ideias, pois eu tenho três novos plots todo mês, talvez até mais. Parece que perdi a vontade de compartilhar essas ideias com o mundo ou talvez seja a falta de energia para colocá-las no papel.

Sinceramente? Sempre fui mais consumidora do que produtora de conteúdo. Decidi vir aqui pelas poucas pessoas que sempre me deram apoio. E para elas, peço as desculpas mais sinceras que posso, por estar decepcionando mais uma vez. Mas, se num futuro distante eu voltar por aqui, é porque terei histórias originais (o que as pessoas parecem não estar interessadas por aqui) ou trarei histórias completas (o que quase nunca acontece.)

A verdade é que nos últimos dois anos venho lutando com a vontade de abandonar tudo, virar um ermitão e nunca mais ser vista por ninguém. Ou claro, pode ser o burnout que final queimou em mim qualquer vontade de escrever.

Eu não sei o que vai acontecer no futuro e nem tenho interesse em me questionar sobre isso. Estou nesse fandom há 15 anos e não me arrependo disso. Quero agradecer pelo tempo que passamos juntos e torcer para que eu um dia volte a ter paixão por essas histórias. Até lá, eu desejo o melhor para todos nós.

Até logo. Ana.

Hi, how are you? Well, I'm not doing so well.

I can't even remember the last time I wrote something I really liked. I thought writing short stories might help, although I've never liked them that much.

I'm here to tell you that I'm going on hiatus, probably for good. The problem isn't a lack of ideas, as I have three new plots every month, maybe even more. I seem to have lost the will to share these ideas with the world, or maybe it's the lack of energy to put them down on paper.

Honestly? I've always been more of a consumer than a content producer. I decided to come here for the few people who have always supported me. And to them, I apologize as sincerely as I can for disappointing them once again. But if I come back here in the distant future, it'll be because I'll have original stories (which people don't seem to be interested in here) or complete stories (which almost never happens to me).

The truth is that for the last two years I've been struggling with the urge to abandon everything, become a hermit and never be seen by anyone ever again. Or, of course, it could be the burnout that has finally burned out any desire to write.

I don't know what's going to happen in the future, and I have no interest in wondering about it. I've been in this fandom for 15 years and I don't regret it. I want to thank you for the time we've spent together and hope that one day I'll be passionate about these stories again. Until then, I wish us all the best.

See you soon. Ana.


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1 year ago

me, quietly whispering to the ao3 page of an author who doesn’t even know I exist: I am obsessed with you

1 year ago

ShortStory #1 - Na mesma moeda (Cockhold+cheating)

Olá, como vai? Estamos começando uma nova série de posts! Os ShortStorys. Vão ser textos pequenos ou cenas que podem ou não se ligar a outras histórias, apenas para continuar praticando e me permitir escrever para o fandom enquanto termino minha história original. Espero que vocês gostem^^

Na mesma moeda

Pelo que pareceu ser a milionésima vez, ele se mexeu na cadeira, tentando achar uma posição que não fosse tão desconfortável. Porém, depois de quase duas horas sentado naquela cadeira de madeira, ele não tinha mais esperanças de qualquer conforto. Will estava no quarto deles, lugar que ele e seu marido dividiam. Bem, não naquela noite. E se Will fosse sincero consigo mesmo, admitiria que Nico e ele não dividiam a mesma cama há muito meses.

Will estava tentando ser um bom companheiro, tentando se redimir por erros do passado, e esse era o único motivo dele estar nessa situação. Sua surpresa foi quando Nico, seu marido há dois anos descobriu sua traição. Ou melhor, o informou saber do ocorrido. A surpresa real foi saber que Nico queria que Will sentisse tudo o que ele havia sentido, e sem opção, Will concordou, é claro. Ou era isso, ou era o divorciou, perdendo seu melhor amigo dos últimos vinte anos.

Saber que Nico queria devolver na mesma moeda, era aceitável, agora ter que presenciar o ato ao vivo, era demais para ele. Especialmente ter que ver o cara de quase dois metros de altura, segurando Nico que quase desaparecia debaixo dele. Ver Nico gemendo como nunca tinha gemido para ele, era o que realmente era inaceitável.

Will, de verdade, não queria ver, nem sequer queria olhar na direção deles. Embora esse fosse o combinado. Will não podia levantar daquela cadeira até que Nico permitisse. Mas ele não pôde evitar, Nico gemeu de uma forma tão alta que Will teve que olhar. E mesmo daquela distancia era impossível não perceber o membro grande e molhado, deslizando de novo e de novo, parecendo abrir Nico ainda mais a cada movimento, a entrada pequena e delicada, agora, levemente inchada e rosada, as pernas escancaradas e a coluna curvada, gemidos ininterruptos, quase grunhidos enquanto o cara em cima de Nico, dava a entender que não pararia tão cedo, não até que Nico implorasse por misericórdia.

De alguma forma, Nico ainda teve tempo de zombar dele. Pois, de vez em quando, ele virava a cabeça e olhava para sorrindo, tão doce como sempre, porém, gemendo, como se aquele fosse o melhor dia de sua vida, e disse suavemente, “Agora que você viu como se faz, pode fazer também.”

Isso fez o coração de Will pular, sabendo que essa não seria a última vez que o veria transando com esse homem em sua casa. Wiil o amava mais do que seu senso de orgulho, e agora que Nico tinha o poder no relacionamento deles, não havia que pudesse o parar.

E assim, aconteceu. Todo fim de semana, Perseu vinha e usava Nico como bem entendia; o tocava, o beijava, o fodia e em uma era ocasião, Percy colocou Nico em seu colo e o espancou em sua frente, a expressão satisfeita no rosto do homem e os gemidos doces de Nico o enfurecendo um pouco mais a cada minuto. Mas se ele soubesse que aquele tinha sido o começo do seu fim, Will teria aproveitado seus últimos momentos, teriam tentando convencer Nico a parar com aquilo.

A partir daquele dia, Perseu começou a ir em encontros com Nico, só os dois, cinema, jantares, passeios românticos, motéis.

Como ele sabia disso? A fatura vinha em seu cartão de crédito, uma conta mais cara que a outra, descrições indicando que eles estavam viajando para cidades vinhas ou até passagens de avião. Mas nas vezes que eles estavam em casa? Ele ainda ouviu os gemidos, o choro de Nico, seus suspiros, e as risadas de Perseu e seus grunhidos de prazer. Se não bastasse isso, ele os ouvia conversando. Seus planos futuros, o que iam fazer para o aniversário de Nico e que roupa Nico devia usar para ir na festa que a mãe de Percy ia dar para ele.

Foi assim que Will teve que dar um basta nisso, os encontrando no sofá da sala, Perseu sobre Nico, o beijando, suas mãos no meio das pernas de Nico, pernas que estavam sobre o ombro de Perseu, três dedos se movendo profundamente dentro de Nico, apenas para ver esses dedos serem substituído pelo membro que Will admitia ser maior do que o seu, entrando devagar, mas deslizando sem problemas, Nico fechando os olhos e deixando escapar mais um daqueles gemidos que o assombraria pelo resto de sua vida.

Não havia nada que Will pudesse fazer.

Ele saiu da sala e foi em direção a seu quarto, sentou no pé da cama e encarou a parede branca ao lado de sua televisão, ainda ouvindo os gemidos, agora os sons de pele batendo em pele se intensificando e ecoando ao redor do apartamento. Só restava a ele ligar para seu advogado.

Bem, as coisas aconteceram mais rápido do que ele pensava que poderia acontecer. Na semana seguinte, em uma terça-feira, parte de seus móveis tinham sumido junto com todas as coisas de Nico. A televisão que Nico tanto amava, o sofá, alguns utensílios de cozinha e tudo dentro do quarto do Nico. Ele se sentia sozinho e não poderia culpar ninguém além de si mesmo.

Foi interessante, não? Eu sempre quis escrever algo assim, mas nunca tive a oportunidade, especialmente pelo ponto de vista de outra pessoa. Espero que tenha sido interessante^^


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1 year ago

I don't know, that got me thinking...

Gender: peace and quietness

Sexuality: I have no idea

Romance: not in this life, only in fiction

@mischievousmary @language-of-blueberries

Gender, Sexuality, Romantic Attraction Tagging Game

How do: You put your gender, sexuality, and romantic attraction down with a line break between them—but, here's the catch, don't use any labels! So, for example, this, "Gender? Agender Sexuality? Lesbian Romantic Attraction? Demiromantic" would be this: "Gender? I hardly know 'er! Sexuality? Girl-kisser Romantic Attraction? My friends, I think"

So, here's mine!

Gender? Yours, fool Sexuality? Yes Romantic Attraction? Only if I know you well enough

TAGS (under the cut, and don't feel obligated to do it!) (and obviously those who I have not tagged can participate too)

@bassguitarinablackt-shirt @gloriousvermin @midnight-thedyke @littlebookworm69 @runwiththerain @cybercerealkiller @ishouldsleepbut @ssavinggrace @i-love-your-father @us-costco-official @scifikode @i-am-an-arson-enthusiast

1 year ago
Thats The Weirdest Erotic Sentence I’ve Read All Month

Thats the weirdest erotic sentence i’ve read all month


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1 year ago
It's Been A Year And A Half Or So Since I've Been In A Room Full Of People So This Isn't A Recent Story,
It's Been A Year And A Half Or So Since I've Been In A Room Full Of People So This Isn't A Recent Story,
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It's Been A Year And A Half Or So Since I've Been In A Room Full Of People So This Isn't A Recent Story,

It's been a year and a half or so since I've been in a room full of people so this isn't a recent story, but I thought about this while talking to a fellow introvert friend. Do any of you have to take breaks from social gatherings to just stand all alone in the bathroom and mentally recharge?


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