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Entre um copo e outro
Um bar e outro
Até o dia nascer, o mesmo pensamento, a mesma batida: "Ele não quer mais estar na sua presença. Ele não quer mais você." embora pareça verdade, tem coisas, atitudes, dele que não dá para entender.
O ciúme, que não deveria sentir. A raiva, que chegou ao ponto de não conseguir falar comigo. O desprezo, de me ver nos lugares e fingir que não existo.
Mesmo depois de todos esses indícios a face nem treme em mentir dizendo que não sente nada por mim. E ainda ter a audácia de falar que eu, eu, estou com ciúmes. Ah não! Aí você foi longe demais, eu só tenho ciúmes do que é meu, no caso você nunca foi. Nunca teve amor, só tesão e curiosidade, que já matei, obrigada.
O fato de eu estar de bar em bar, é que o vazio que existe em mim dói, machuca, corroe, e isso vem de muito antes de você. São cicatrizes antigas, abertas, que não consigo fechar.
Então desculpa te desapontar mas foi só curtição, não tava emocionada, mesmo nossos amigos querendo tanto que ficássemos juntos, como namorados, mas, o fato é que você nem faz o meu tipo.
Gosto do bar vazio, da mesa no cantinho escondido, fico observando o entra e sai dos transeuntes e imaginando o motivo de cada um estar ali. Depois de vários copos e cigarros, eu me despeço do dono do bar, vou pra casa, banho-me, e caio na cama se o mundo não rodar eu durmo rápido.